quarta-feira, 28 de julho de 2010

Primeiro Ensaio.







Muito Boa tarde.






Todos os participantes no casting estão convocados para o primeiro ensaio do musical que se irá realizar sábado dia 31 de Julho. Este ensaio será um Workshop, mais orientado para a área do teatro, mas ao qual que todos os membros deverão aparecer, pois é importante começarmos a conhecer-nos(iremos fazer jogos de dramatização para o mesmo efeito, além de que temos de apurar muitas questões relacionadas com o funcionamento de ensaios, distribuição de papéis, etc, etc.)






Então: Sábado, 31 de Julho, às 10h00 no auditório da junta de Freguesia de S.Vítor


B.A

2º Casting



Venho anunciar que irá realizar-se um segundo casting ( ainda sem data marcada, mas para a semana que vem) para aqueles que estiverem interessados e não conseguiram comparecer ao primeiro.


As inscrições estão abertas. Respondam a esta mensagem, dizendo a área a que se candidatam e deixando o vosso e-mail e número de telemóvel.






B.A

terça-feira, 27 de julho de 2010

Resultado dos Castings









Boa tarde a todos,


Primeiramente, queria agradecer a vossa adesão ao casting, que me deixou muito satisfeito. Espero que se tenham divertido, e que se tenham sentido entusiasmados a continuar!




Em relação às avaliações, posso dizer que foram coisa de assaz complicação. Infelizmente, não podemos usufruir de um júri mais entendido no assunto, dado que os professores que convidei não conseguiram comparecer, por motivos de força maior.




Depois, vinha a questão de nós, os júris, já conhecermos alguns dos concorrentes, e tendo com eles uma relação de amizade, que procuramos não influenciar nas apreciações. Aliás, fomos os mais rigorosos possíveis. Contanto, posso declarar que as notas teriam sido muito piores se este fosse um casting mais informal. Como é um grupo de amadores, e aberto a jovens com vontade de trabalhar, no papel de presidente, confesso ter sido condescendente em muitos casos.


Os resultados presentes na grelha são o somatório dos vários parâmetros a que foram submetidos. Foram somadas as notas de todos os júris, e os resultados são esses que vêem expostos. Aviso desde já que algumas notas foram subidas só porque foram comparadas as prestações individuais. Ou seja, muitas pessoas tiveram nota um pouco superior àquilo que dava o resultado das somas.
 
Porém, tal como eu disse no início estas notas são apenas referências. E não eliminatórias. Ou seja, somente determinam quem poderá ocupar maior papel de destaque na peça, e quem será relegado a papéis mais secundários. Volto a frisar: gostaria de trabalhar com todos! Os resultados não são supressores! Apenas qualificativos!
 




ATENÇÃO OS RESULTADOS FORAM ENVIADOS POR MAIL UMA VEZ QUE NÃO OS CONSEGUI COLOCAR AQUI POR BURRIDADE DOS MEIOS TECNOLÓGICOS, MAIS NOMEADAMENTE DO BLOG

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Casting

Saudações teatrais!



Na qualidade de coordenador e encenador do grupo P’lo Teatro, venho anunciar que estão abertas as inscrições para a próxima produção.

A próxima peça será um espectáculo musical, que tem de nome - O lugar azul das coisas- é uma adaptação do clássico Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, e baseado também na película de animação da Disney e no mais recente remake de Tim Burton.


Para a peça, procuram-se actores, cantores, músicos, com idade entre os 9 e 21 anos (podendo haver excepções ou restrições caso venham a ser necessárias). Poderão ser pessoas sem grandes experiências de espectáculo.

Atenção: todos os interessados deverão deixar um comentário até domingo de tarde, neste post. Deverão deixar ficar o seu nome, e-mail, número de telemóvel, a que área em que se  inscrevem ( música, representação, canto, dança) e ser-lhes-á enviado as indicações dos castings. Ou seja, a inscrição é feita por aqui.
 
 

O casting tem data marcada para a próxima 2ª feira dia 26 de Julho de 2010, pelas 15h00 horas no auditório da Junta de Freguesia de S. Vítor. Todos os candidatos deverão comparecer.


Conto com a vossa adesão e divulgação do casting!

B.A


Todas as dúvidas e as indicações serão tiradas e dadas por e-mail!






Mas posso adiantar:




*Actores: receberão, por e-mail, dois monólogos, dos quais deverão escolher um, e decorá-lo, de preferência.






*Cantores: levar uma música de escolha pessoal.




*Bailarinos: levar uma coreografia






* Músicos: levam os seus instrumentos, ou então um track de músicas por eles tocadas. Caso seja impossível tanto uma como outra, poderão comparecer e trataremos dos assunto verbalmente.

Os nossos dois músicos

Ensaios











Diário do Espectáculo Cavernas VIII

Comentário e apreciação da peça Cavernas,
escrita e encenada por Bruno Amarante,
apresentada ao público em 16/07/2010,
na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, Braga


A peça Cavernas expõe uma série de monólogos de cinco irmãos traumatizados em relação a um ente superior, que ora parece personificar-se numa alusão a Deus ora a uma alusão a um pai real e biologicamente existente. De qualquer forma, a intersecção entre estes dois planos parece remeter para uma ausência de distinção entre os mesmos: as diferentes personagens evocam para si, durante momentos de confissão e revolta, um julgamento de maus-tratos para com algo, o qual não parece precisar de ser objectivamente identificado. Assim, não interessa tanto o objecto da revolta mas antes o facto de essa mesma revolta ser constante no espaço cénico onde as personagens se movimentam.

Daqui rapidamente se infere, como de resto a representação o exprimiu, que o princípio, seja ele o princípio teológico que exige resignação ou um princípio físico e humano que exige uma violentação dos jovens, está ausente na peça, e é em torno dessa ausência, que se torna sempre presente pela revisitação traumática das personagens, que os irmãos se encontram unidos e mantêm a memória uns dos outros.

De facto, o diálogo nesta peça é periférico e quase acessório, precisamente porque esse diálogo é desnecessário: por um lado o drama de cada um deles é no fundo o mesmo; por outro, é através do monólogo que se exprime uma solidão geral, uma falta de carinho que, não vindo de um Pai, não vem dos irmãos.

No entanto, assim sendo, porquê cinco monólogos relacionáveis e não uma só personagem, um só discurso? Porquê Cavernas e não Caverna? A multiplicidade de personagens, que poderíamos considerar egos fragmentos de um eu que foi destruído, é no entanto essencial no texto. Uma vez que cada um dos traumas é igual aos demais, fruto de uma experiência comum (os maus-tratos por parte do pai e/ou a repressão de um Deus), seria de supor que a exposição desse sofrimento cairia sempre na redundância. Por outras palavras, não haveria movimentação na peça, e uma fala do início tanto poderia surgir no início como no fim. No entanto não é isso que acontece: a peça tem um movimento interior, uma progressiva diminuição da revolta para uma resignação elucidada. Essa movimentação, que para mim é o mais revelador e interessante, é feita precisamente com base na noção de comunidade.

Nas primeiras falas da peça, dá-se uma constante revisitação do trauma, que expõe uma solidão (a solidão humana) perante a qual não se tem respostas. Esta solidão exigiria no entanto sacrifício pessoal, uma submissão completa dos instintos interiores. Mas liberta-se nesse grande grito de revolta que marca desde o início oespectador.

No entanto, há a necessidade de colmatar essa lacuna, porque se cada um dos irmãos grita por uma libertação, é porque tem consciência da sua sina. O espaço que cada um deles ocupa é de conhecimento, não mais de ignorância: conhecem precisamente essa ausência como origem e desamparo, e não mais aceitarão nos mesmos modos o que anteriormente lhes foi imposto.

Não poderão libertar-se completamente, coisa que implicaria ser como o pai malévolo que não querem servir nem ser. Assim, o drama evolui para uma calma resignada e dorida, onde um dos irmãos acaba por exortar os restantes a serem livres “às ocultas”, fugidos da solidão avassaladora e, quando esta vier, continuar, pois eles já têm conhecimento da sua sina, e já poderão achar prazer numa forma de libertação que é uma resignação auto-suficiente. As personagens adaptam o seu ego a uma às suas próprias limitações, e assim nos deixam para seguir a vida.

André Antunes,

Escrito em 19/07/2010

Diário do Espectáculo Cavernas VII parte

O que disseram os que viram



“ Eu já havia achado um buraco no silêncio sensacional, mas este, este é muito melhor”

“ Fantástico! Houve cenas que me colaram à cadeira”


“Fiquei bastante admirada pela positiva, … se um dos objectivos era transmitir ao público todo o sentimento de revolta, angústia e perturbação das personagens, então foi cumprido na sua totalidade! Gostei especialmente da iluminação e da coordenação dos personagens durante a peça. Tamanha foi a (des) personalização dos actores que cheguei a ficar com 'pele de galinha' na parte mais sombria da peça. Gostei imenso. Dou-lhes os meus sinceros e merecidos parabéns”

“ Impressionante”


“ Não é todos os dias que vimos peças destas em Braga. Parece que estamos a abrir novos horizontes culturais”


"Fiquei muito chocada pela positiva. Nunca vi nenhuma coisa assim”


“ Este é um espectáculo que vale a pena ver”




“ Dizer que gostei é pouco. Um texto fantástico. Passei um momento perturbador e ao mesmo tempo inesquecível”

 Durante a peça fui várias vezes ao panfleto verificar quem era o autor do texto. Custa acreditar. Dizer parabéns muito pouco…”

“Quero ver o próximo, e o próximo e o próximo, adoro os teus espectáculos”

 
“ Nem que eu quisesse, era impossível não gostar desta peça. Era muito difícil, obrigava a pensar e a estar atento, e de repente éramos atacados por emoções fortes…foi muito forte, ninguém estava à espera”
 
 
“…embora a temática fosse um pouco pesada, acho que permitia pensar em diversos assuntos que, muitas vezes, permanecem esquecidos no dia-a-dia; para além disso, estes assuntos foram abordados de uma perspectiva diferente da que estamos habituados, o que é bom; achei que a peça estava bem encenada e que a linguagem utilizada era bastante rica e diversificada…”

Diário do Espectáculo Cavernas VI parte

Os intépretes



Adriana Romero 1º Irmão
                                                                                                                        
João Coroas 2º Irmão

Cristiano Oliveira 3º Irmão
Rita Polícia 4º Irmão
Tomé Magalhães 5º Irmão

Diário do Espectáculo Cavernas V parte

O que dizem os que fazem


“[…] encontramos este ente superior, que reduz a nossa vida a uma fatalidade impossível de ladear […] há ainda aqueles que sentem escárnio pelo destino que este lhes reservou[…] eles (as personagens) julgam-se sob o controle de um ser caprichoso e horripilante, que é algo em que nunca acreditarei…”

Adriana Romero (1º Irmão)


“[...] verifica-se, neste caso, uma descrença em Deus [...] O tema pode ser a dúvida [...] há um terror que assombra esta família, e os leva a ter necessidade ,que todos nós temos, de desabafar com alguém [...] cada um terá a sua opinião...”


Cristiano Oliveira (3º Irmão)


“[...] há um ponto de vista de revolta [ ...] uma crítica às pessoas que vivem enclausuradas nas suas crenças [...] a religião é uma ideia antiga [...] é como falar com um amigo imaginário”

Rita Polícia (4º Irmão)

Diário do Espectáculo Cavernas IV parte

O que diz o que escreve

( O encenador a explicar a cena )


“ [...] de certa forma, há um rastilho niilista nos rebordos desta peça. Tomam-na de assalto ideias um tanto ou quanto acutilantes, que se vistas à luz de um racionalismo religioso extremadamente vincado, poderão augurar um infeliz entendimento daquilo que se irá passar ..."
O encenador a dar um Sermão

"[...] Grosso modo, todas as personagens passaram pela mesma faca, e foram todas acometidas por um heresia – incómoda, violenta, ofensiva – que deverão, no entanto, ser compreendidas e não necessariamente concordadas ..."
A tirar dúvidas

[...] A nossa dimensão humana permite-nos uma certa flexibilidade individual, tornando-nos invariavelmente questionáveis, sendo isso o garante de que teremos (quer se queria, quer não) ópticas distintas que nos levarão a comportar desta ou daquela maneira, sobretudo se postas em causas razões de cataduras religiosas [...] esta é somente uma história da relação de cinco homens com a religião (neste caso mais especifico, da religião católica), como tantas outras [...] não se trata de se estar certo ou errado. Pelo menos não creio ser essa a intenção definitória. Encará-la de tal modo seria absurdamente catastrófico


A introduzir o espectáculo

[...] para nós que estamos do lado de cá (intérpretes) a questão é a mesma. Não pode haver – de modo e em momento algum – qualquer preconceito. Cada qual possuía uma relação própria com o tema. Porém, tivemos de nos neutralizar, caso contrario estávamos feitos. Estaríamos num sempiterno curto-circuito [...] tive de engolir em seco, varias ocasiões, enquanto escrevia, pois sentia que as personagens possuíam um rancor que era preciso amansar. Cortei ideias que eu próprio (idiotamente) achei extrapolar limites [...] Ignoro se existem personagens destas na real vida. Se são gente de se encontrar por aí na rua e de se dizer «como vai?». Creio que estes tipos vivem mesmo em lugares cavernosos.”





Bruno Amarante
 (autor e encenador da peça)

 

Diário do Espectáculo Cavernas III parte

Ficha técnica:

Texto e Encenação: Bruno Amarante

Interpretes/ Personagens:

Adriana Romero – 1º Irmão

João Coroas – 2º Irmão

Cristiano Oliveira – 3º Irmão

Rita Polícia – 4º Irmão

Tomé Magalhães – 5º Irmão

Músicos: Gabriel Pereira (Violino) Diogo Mendes(Violoncelo)

Confecção de figurinos: Maria Augusta Cerqueira

Execução de Cenografia: Grupo P’lo Teatro

Cartaz e Programa: Gonçalo Delgado

Caracterização: Bruno Amarante

Maquilhagem: Adriana Romero

Assistência Técnica: Mariana Polícia


 


Diário do Espectáculo Cavernas II parte


É o segundo capítulo de uma trilogia encetada com a peça Um buraco no Silêncio.


Embora coincidentes em vários pontos – estrutura monológica, algumas afinidades diegéticas – ambas as peças percebem-se isoladamente, sem que para uma seja necessário ver-se a outra.


Em ambas as peças, as personagens falam de si para si, são o seu próprio instrumento e assunto. Movem-se numa espécie de confessório catártico onde narram as fatalidades que os assolam.


Nesta peça, é ainda notório, uma pequena influência clássica, pela existência de um coro e da linguagem arcaica.

Diário do Espectáculo Cavernas


Cinco irmãos, incitados por um passado de violência, de miséria e de sofrimento, acabam subjugados por uma heresia extremista, convertida, a dada altura, numa temerosa obsessão de vingança e de justiça.


Backstage

A união faz a força!


Júlia e Mariana nos preparativos finais


O processo de despersonalização

O nossso fantástico luminotécnico

Stress pré-espectáculo da Isabel

Um Buraco no Silêncio


Foto da primeira parte do espectáculo.
Os doentes do hospício procuram, assustados, o "monstro/buraco".


Uma mulher que fala de um incêndio, uma actriz que narra o seu último ensaio, ou a sua desilusão de amor, um homem que relembra o que foi, e o que não é, que acredita que ainda estamos em guerra, uma prostituta que não abre a carta da falecida mãe, um empresário ensandecido pelo stress, uma mulher idosa que fala com o fantasma do marido. Um hospício. Três personagens que são várias pessoas e uma só mulher.





As três protagonistas da peça, desfocadas
(o que cá entre nós até realça o seu estado psicológico)
Essas são as coordenadas da peça.
 De pés descalços, cabelos revoltos, tez pálida, vestido negro, Adriana Romero, Ana Afonso e Rita Polícia emprestaram corpo e voz a estas personagens, numa peça que vai sendo engolida pelo enorme buraco que as persegue. Estas personagens “têm medo da certeza” e fazem-nos reflectir se de facto nós “é que não somos de nenhum lugar”.